sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Grandes sonhos


Bom mesmo é descobrir que nossos sonhos não foram em vão, muito menos pequenos. Que o erro estava com quem antes compartilhava-os. Quando temos alguém certo ao nosso lado, nossos sonhos ganham força e ficam maiores do que eram antes.
 Juli Mello

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Uma rima de amor



Amor demais, demais amor. 
Preenche, transborda, multiplica.
Coração acelera, pele arrepia, olhar que brilha.
É caminhar feliz, saber que não se está sozinho.
E mesmo que esse mundo não tenha fim, por você até o fim eu hei de ir.
Nos seus braços encontro a paz, porque longe dos seus olhos só eu sei a falta que você me faz.
E na busca por palavras chego a me perder, são tantas coisas, que em palavras não dá pra descrever a imensidão que é você.

Juli Mello

Ano novo, novo amor



Para os aniversariantes do fim do ano, que passamos dias e dias na espera da enfim renovação que o novo ciclo traz. Foram meses e meses, esperas, dúvidas, desilusões e principalmente fortalecimento. E enfim aquele dia chega, com novas vibrações, com barulho de fogos e colorido para os olhos. Gosto doce na boca e ansiedade no coração. Todo o pensamento forte, as simpatias e calcinhas rosas. Aquele pedido pra minha querida Ieamanjá, que eu sempre soube, um dia me abençoaria. Para os descrentes, isso tudo é bobagem, mas para aqueles que creem e vivem tudo aquilo que antes fora premeditado, só nós sabemos o prazer que é o sentimento de concretização. De que acreditamos sim em algo verdadeiro, e acima de tudo com fé, pois tudo que desejas sempre é realizado. E foi assim que comecei meu ano novo. Com algumas coisas velhas, outras emprestadas, mas o mais importante, um novo amor. Veio para alegrar meu coração que por muitas vezes andava pela escuridão. Trouxe luz, troxe brilho. Caminho certo a seguir, bem acompanhada. Com confiança, com caráter. És para mim, meu melhor presente, de aniversário um pouco atrasado ou quem sabe o de Natal adiantado. Sei que me comportei, alguns erros cometi, andei tropeçando e muitas vezes levantei. E distraida limpando areia de um joelho ralado, foi quando eu te vi, e assim me apaixonei. Não sei se por discuido, destino ou merecimento, mas você chegou. Meu anjo da guarda ali estava e com seu sino abençoou. E aqui estou, perto de mais um novo ano celebro eu o meu ano novo. Feliz 2011, que enfim chegou!

Juli Mello






quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uma ingnorante intelectual...




Nem intelectual nem completo ingnorante. Sem extremismos de 8 ou 80, muito menos as batalhas debochadas sobre gostos e opniões. Posso dizer por mim, que estou longe de ser inteligente ou uma grande intelectual, pois nem cheguei a ler grandes obras da literatura. Mas posso dizer uma coisa, que em toda minha vida nunca dei tanto valor a maturidade. Pois quando bem mais jovem tinha sim esse deboche, ou apenas um desisteresse sobre grandes nomes, poetas e músicos, pois nada mais eram, naquela época, que "coisas de velho". Se estou ficando velha não sei, mas estou feliz por nos últimos tempos ter acrescentado a minha tão mínima cultura - ainda - alguns trechos de sabedoria, através das palavras dos mais ilustres escritores e poetas. Sei que muitos mesmo assim continuaram a debochar, alguns algum dia podem até mudar, como eu mudei. Outros podem continuar na pequenez de vida, sem nunca buscar um algo a mais, uma sensibilidade a mais. Mas se eu posso compartilhar, sempre hei de faze-lo, pois posso dizer que depois de Caios, Clarisses, Drummonds, Vinícius. Depressivos, felizes ou apenas sensíveis, minha vida ficou mais bonita, mais iluminada. Pois o dia que eu finalmente conseguir transmitir em palavras todos os sentimentos, bons ou ruins, para que qualquer um entenda, mesmo que não concorde, certamente serei mais feliz, a cada palavra escrita, com lágrimas derramadas ou sorrisos estampados. E mesmo que quando eu morrer eu encontre todos estes no céu dos poetas, ainda não morrerei satisfeita por completo, pois tenho a certeza que não conseguirei ler todos os livros do mundo.
- Juli Mello

Janelas



Em uma das crônicas do livro de Caio Fernando Abreu, ele fala sobre como gosta de viajar pelo mundo em ônibus ou trens, simplesmente pelo disfrutar das paisagens pela janela e explicava o porque de gostar de ver tudo isso passar através de um quadrado. Logo em outra crônica ele cita a música "esquadros" de Adriana Calcanhoto, que por coincidência ou não, também fala sobre ver o mundo através das janelas. "Pela janela do quarto, pela janela do carro...eu vejo tudo enquadrado, remote control" E acredito eu, que a vida é mesmo essa coisa de ver através dos esquadros. Vemos a paisagem, a chuva, o sol. A rotina, a felicidade, o horror. Crianças felizes, crianças com fome. Palavras em muros, revolucionários ou vândalos. Sujeira, beleza. Novos e velhos. O hoje e o amanhã. Ou será mesmo que teremos amanhã? Talvez não. Mas como disse Caio em suas lindas palavras, que pela janela tudo passa, passa paisagem, passa boi passa boiada, e o bom é que realmente tudo passa, coisas boas e coisas ruins. Um dia passa.
 - Juli Mello

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estações




Refletindo sobre humores, amores e estações, todos esses tão próximos, tão ligados.
Lembro-me de quando falei sobre a minha tristeza naquele dia chuvoso, como se houvesse um céu cinza dentro de mim. E dias tristes são mesmo assim, dias de inverno. Como se a estação inteira coubesse dentro de mim, gelando coração e tudo que pudesse ser calor.
E acredito eu que calor e felicidade andam juntos, como se um dependesse do outro. Isso mesmo, não adianta acordar com coração cheio de pessimismo e olhar o céu azul. Seu gélido sentimento atrairá uma tempestade, ou no mínimo umas nuvens quaisquer.
Experientes ou não todos já tivemos o primeiro inverno, daqueles solitários, sem ter um pé para esquentar. Mas depois de um tempo aprendemos a nos preparar, a ser formigas, que guardam muito, para esses dias que esfriam a alma e o coração. Então guarde uns sorrisos, uns abraços ou até uns pares de meias novos, só não deixe que uma friagem qualquer, estrague alguns meses, ou até um ano de sua vida. Eu que sempre gostei muito mais dos dias quentes aprendi que tudo passa, todo inverno passa, e setembro logo chega, com toda sua beleza. E desejo pra mim, e pra você que tenhamos mais dias de verão, não só no calendário, mais dias de verão por dentro cheio de felicidade, cheios de sorrisos. Dias de brilho, de luz. E que haja muito, muita coisa boa, e de pouco
só mesmo a roupa.

- Juli Mello

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Como girassóis


Alguns dias são mesmo como o tempo lá fora. Tristes, nublados. Como se a chuva que cai nos lembrasse de algo frio que vivemos esquecendo nos dias quentes de sol.
Aparências, batalhas, lembranças. Como um girassol que passa a imagem de uma flor simples e bruta. Mas poucos sabem, pobres girassóis. Levam meses se preparando, entre inimigos e ventanias, sobrevive, se esforça para um dia mostrar sua beleza iluminada.
Mas como se ele não tivesse força para suportar, ele despenca. Transparecendo sua fragilidade. 
E quem sabe mesmo nossos dias sejam como os dos girassóis. 
Dias de luta, de beleza, de fraqueza. Onde nossos caules se sintam mesmo fracos, por suportar tamanhos fardos, que aos olhos de admiradores possam não passar de uma simples beleza.
- Juli Mello

Cheia de vazio


Sinto saudade. Não sei de quem, não sei de que. Às vezes por dentro ecoa um barulho no oco, como de um interior vazio que busca incessantemente por um preenchimento. Vazio burro, não sabe que se é bom estar assim por vez ou outra,elimina o sujo, traz uma limpeza pura. É melhor estar vazio do bom do que cheio do ruim? Não sei, só sei que o nada incomoda, mas tudo também pode sufocar.Indecisão, solidão, calafrios. Não se sabe se procura ou se espera. Não se sabe se o tempo está ao seu lado ou se é mais um inimigo. Talvez tenha que ser assim. Mesmo na dúvida, pois ter certeza pode ser perigoso, faz perder a graça dessa adrenalina estática de não saber o que pode vir. Ou não.
 - Juli Mello