quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sou além

 

Falar de mim é fácil, difícil é me entender. Às vezes, eu mesma me confundo. Sou pura intensidade, me revelo nas entrelinhas. Sou diferente da maioria, não interpreto papéis. Não gosto de conversas fúteis, troco pneu e ouço rap. Sou boneca, sou muleque. Sou um vulcão em meio a neve, um pouco de tudo, ou talvez muito. Tenho grandes defeitos, daqueles que servem como pilastras, que sustentam meu mundo, repleto de qualidades. Sei ser feliz, tristeza não me derruba. Nem sou de me fazer de vítima, pois o que aprendi na vida, é que devemos ser fortes, principalmente quando ninguém vê. Tenho pensamentos machistas, mas sou mulher, sou feminina e defendo os meus ideais. Ser mulher não é ter que concordar com todas as mulheres do mundo. Pelo contrário, quase sempre defendo os homens. Muitos deles, pobres coitados nas mãos de seres tão maliciosos. Já mudei muito, muitas vezes, sempre para melhor. Sou autêntica. Bato o pé sempre que acredito estar certa, ou melhor, acredito que sempre estou certa. Teimosa e impulsiva, muitas vezes agressiva, muito brava. Mas tenho coração mole, me derreto com um olhar, um carinho na nuca, a ponto de tremer e gaguejar diante de um simples convite para um chopp. Fico boba e delicada, todo esse meu jeito viril desaparece e sou traida pelas minhas emoções. Sou estrategista, mas me entrego num olhar e no avermelhar das minhas buchechas. Sou tudo que sinto, e sinto tanto, sinto muito, que não caberia mesmo num resumo. Batalho, arrisco, mergulho fundo. E se decepções eu tiver, não me importo. Eu sei nadar e tenho fôlego, para ir sempre mais além, além de todo mundo.

- Juli Mello

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