sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sonhando acordada...


Quando eu era criança acreditava que todos deveriam ter algum sonho e que felicidade era poder  realizá-lo. Como se fosse uma obrigação.Tal obrigação hoje me faz pensar que entre tantos sonhos eu me perdi. Me perdi na ansiedade de realização. Me perdi em meio a frustrações. E a cada dia novos sonhos apareciam e mudavam tanto quanto a cor dos meus cabelos quando eu tinha 15 anos...E porque tantas mudanças? Hoje sei a resposta: eu simplesmente desistia no primeiro sinal de derrota. E assim, logo em seguida partia para outro sonho. E outro, e outro...Hoje eu aprendi que não devo desistir tão fácil, que as vezes o que uma vontade precisa é de um pouco mais de perseverança e fé. Não deixo de sonhar, acho que talvez sonhe muito mais de que quando eu era criança. Só aprendi a selecioná-los, e se hoje me perguntarem qual é o meu sonho eu responderia que não sei, desisti mais uma vez. Dessa vez a desistência não foi de um sonho. Mas de uma idéia. A idéia de que somos obrigados a ter algo que realizar no futuro. Não, não tenho nada com o futuro. Tenho com  o presente. Porque é hoje o dia de me realizar, de ser feliz de qualquer forma. Só assim meu futuro será feliz também. E quando ele chegar será realidade e não apenas mais um sonho.

- Juli Mello



Construa sua bolha




Uma idéia que eu sempre defendi é que não devemos falar alto sobre a felicidade pois a inveja tem sono leve. Com todas as experiências que tive relacionada a isso percebi que não é só a inveja que estraga a felicidade e também não é só sobre felicidade que devemos aprender a nos calar. Tudo isso se resume em uma palavra: energia. Tudo que desejamos o universo conspira a favor. Se você tem fé, no que quer que seja, sua fé irá te levar para a realização. Nossos chacras trabalham a energia do nosso desejo pra que ele seja realizado e se falarmos desse desejo para os quatro ventos, qual energia seu corpo trabalhará? Ela simplesmente terá ido embora, junto com o vento. Pensando bem, porque devemos falar demais sobre a nossa felicidade? Não há necessidade, isso só atrairá olhares invejosos de pessoas que não tiveram a mesma sorte. Se alguém duvidar de você, ria, apenas ria. Porque nós sabemos mais do que qualquer um sobre o que realmente se passa em nossa vida. Não há necessidade alguma de ter que provar isso ou aquilo pra ninguém. Se você transmite alegria onde estiver e se alguém duvidar disso não esquente. Isso não passa de uma tentativa de destruir a sua felicidade. Falar demais é dar brecha para a inveja. Deixe seu brilho guardado numa espécie de bolha, onde energia ruim não entra, onde vento nenhum levará sua felicidade embora.

- Juli Mello



Texto antigo, de dores antigas.


Um vício, uma forte dependência
é assim, você na minha vida
quando está perto tudo é maravilhoso 
e na sua ausência me resumo a um vazio
Vazio é o meu dia sem você
sem o seu cheiro, sem sua voz
Busco uma saída mas não consigo
ou não quero, não sei
Não sei ser feliz de verdade
no meu pensamento só o seu rosto habita
lembranças, saudade e ansiedade
Ansiedade na espera do telefone tocar
E se ele tocar que seja você 
me chamando pra fazer qualquer coisa
qualquer coisa desde que seja com você
eu largo tudo, vou correndo
Esqueço o orgulho, não penso em nada
porque o que mais quero é estar aí 
Ai seu lado, por baixo, por cima
em qualquer lugar onde haja o seu sorriso
Sorriso que traz luz e alegria pro meu dia
dia esse sem graça e sem cor
sem o seu amor
E se hoje eu não te ver
que esse dia passe rápido
para o amanhã chegar
esperando mais um dia
você me ligar.

- Juli Mello

*escrito em 2010


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Magia dos olhares


Acredito que relacionamentos precisam de um toque de mágica, não falo daqueles truques de desaparecimentos inexplicados ou de desculpas mirabolantes, mas falo sim da magia, do brilho, daquele toque de purpurina. São esses piripimpins que acrescentam um algo a mais no decorrer dos dias a dois.
Amor precisa de brilho no olhar, de brigas sem motivos e ciúmes bem dosados, pois senão perde a graça. E cá entre nós, precisamos da graça de uma conversa séria e da seriedade de um riso espontâneo.Senão, como serão nossos dias? Do que eles serão feitos? A vida, que seja só, que seja acompanhada, precisa de conteúdo, de preenchimento. Caminhar por caminhar só vai cansar os pés e esfriar o coração, e um certo dia eu li, que amar era olhar juntos pro mesmo horizonte. Mas de que adianta se os dois não enxergam a mesma coisa? Momentos de discórdia podem apimentar uma relação, mas a falta total de afinidade e o distanciamento de percepções podem sim levar ao fim. Não é preciso ser igual, mas sentir as coisas de forma parecida é que unem duas pessoas. E meus caros, se esses olhares não se juntarem, certamente não terá fim, eles simplesmente nunca terão existido.

- Juli Mello