quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Páginas


As vezes me sinto tão cansada de virar as páginas dessa história que ora muda, ora permanece igual.
Talvez fosse mesmo a hora de mudar de livro, mudar de enredo, simplesmente mudar.
Mas você é como aqueles livros que amamos muito e não conseguimos abandonar, nem partir pra outro, pois todas as histórias se tornam sem graça e desestimulantes perto da sua, da nossa história.
E o tempo passa, a poeira se acumula sobre as linhas de nossas vidas, mas como já dizia Clarisse, todos os dias eu me levanto e retiro o pó da palavra amor. E é assim que me vejo, a cada minuto que se passa: retirando o pó. Tentando e tentando, pois a palavra desistir eu não conheço, ou melhor, achei que havia conhecido mas me enganei, pois não se pode chamar de desistência algo que não se é esquecido nem muito menos retirado do coração.
Enquanto isso vamos caminhando, muitas vezes distraídos, chutando uma pedra ou outra que insiste em aparecer e nos machucar nessa estrada tão tortuosa e tão complicada. 
Mas eu sei, que o que nos move é a esperança por dias melhores, nessas páginas que escrevemos, ansiando pelo belo final dessa história que nos deixará prontos para um novo livro, que de preferência já comece com contos felizes.


- Juli Mello

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Beijos meus...


É, Quintana tens razão quando fala sobre a vida e como ela se torna mais fácil quando sabemos onde estão os beijos que precisamos. Sim, repleto de razão. Mas não dá uma sensação de complicação? Saber onde está é diferente de ganhar esses beijos todos os dias. E aí, complicou não é? O que era fácil de repente torna-se difícil, dolorido. 
Pois sei que tudo fica sim mais claro quando acordo ao som da respiração daquele que é o rei do meu castelo. Sei que tudo fica sim mais simples quando durmo com seus dedos emaranhados em meus cabelos. Mas a vida segue, o dever nos chama. E chega a hora da despedida, hora de dizer até logo para os beijos da minha vida. 

- Juli Mello




terça-feira, 16 de outubro de 2012

Caminhando...


De nada adianta permanecer no erro e acreditar que coisas boas virão. Felicidade só entra em portas abertas e a paz só nos encontra quando caminhamos em sua direção.
Pense, mude e acredite. Pois acreditar é o primeiro passo rumo aos dias felizes que você tanto sonha.


- Juli Mello

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Até...


Volte logo, me traga com a sua presença certezas para minhas dúvidas. Senta aqui, encoste sua cabeça, fale de seus problemas. Sou toda ouvidos. Sou toda você, de corpo e alma, de peito aberto. Não demore, porque sua ausência é inconstância, é estar cheia de sentimentos vazios, e cá entre nós não tenho tanto espaço para tanto nada. Te espero.
Até quando, até logo, até...

- Juli Mello


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Engano


Sei que eu me enganava te escondendo, pois sempre esteve aqui, abafado com o peso dos meus sentimentos. 
Peguei a estrada errada tentando fugir, mas foi em vão. 
O caminho me levou de volta pra nossa história interrompida e aqui estou, em meio aos dias tristes e inseguros. 
Entre uma lágrima e outra, a saudade sufoca, a dúvida faz meu coração apertar. 
E você onde estará, - além de aqui dentro de mim - ?

- Juli Mello


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O que a felicidade tem.


Felicidade, pra mim, não tem nada a ver com tranquilidade, calmaria ou quietude. 
Felicidade, pra mim, tem música alta, fogos de artifício, coração acelerado e pulos de alegria.

- Juli Mello


De volta...


Sua presença é metamorfose.  
Inconstante e imprevisível, 
como ventania que tudo destrói, 
e logo após como sol, que enche de brilho ao redor. 
Tu és dor, tu és cor, tu simplesmente és.
És cheio de encanto, de paixão, de amor.
Tenho tudo no aperto dos seus braços em minha volta 
e sou completa na vibração do seu olhar.
Ironia do destino, quem sabe
tu estas de volta, e dessa vez pronto para me amar.

- Juli Mello



Mas as coisas sempre mudam, e os sentimentos também...


Pra quem era feliz com uma vida tão turbulenta, essa calmaria era de se assustar.
Mas não. Agora, que ando enxergando a vida com novos olhos, descobri que bom mesmo é viver na calmaria.
Com o coração em paz, manso como um baiano, sem qualquer sinal de hipertensão.
Não falo de doença não, mas de palpitações de amor, conhecem?
Pois bem, isso é coisa pra adolescente, pois quando pegamos o caminho da maturidade, descobrimos que não temos
mais cabeça pra preocupações bobas, como um celular desligado.
Assim, minha mente abriu espaço para novas idéias e novos ideais. Meu coração não tem me dado mais sustos nem
perco mais noites de sono porque o danado não se cansava de pulsar tão forte.
Hoje ele ainda pulsa forte, mas feliz. Mais calmo, e satisfeito. Pois para um coração apaixonado não há nada melhor que 
a certeza. Certeza de que se é amado, e único no coração de um outro alguém.

- Juli Mello



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Alguém para nos ouvir...


Todo mundo sabe que mulher sempre diz que está precisando de algo. Um sapato novo, um vestido para aquela festa, perder uns quilos, ter um namorado...é, essa necessidade física todo mundo também entende, afinal todos nós sabemos que não existe ser mais carente que a mulher. Mas pensando bem, uma mulher só se sente realmente satisfeita quando tem em sua companhia um bom par de ouvidos. Isso mesmo, ouvidos. Porque ela pode ter tudo que  sempre diz precisar, mas sem ter com quem conversar, nada disso tem tanta graça assim. Mulher gosta de falar (e muito), gosta de contar como foi seu dia, contar sobre o drama da melhor amiga, sobre a liquidação tentadora da sua loja preferida, e cá entre nós, aja saliva para tanto assunto. Mas quem irá ouvi-la?
Seu lindo sapato novo que não vai ser. Então, meninas, quando pedirem ou desejarem algo, peçam um bom par de ouvidos. Pois podemos ter tudo, mas não há nada mais necessário e confortante do que ter com quem conversar.

- Juli Mello


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Onde estás?


Apego, desapego. Amor, desamor. O que será? O que há de vir?
Não sei. Ou talvez muito saiba, mas não queria saber.
Confuso não? Pois essa palavra determina muito bem o que tenho passado. E falando de passado...coisa chata que não me abandona. Vem presente, seja um presente,daqueles com fita vermelha e brilho nos olhos. Venha com entusiamo, com alegria.
Quero me encher de você, porque dos dias de outrora eu continuo vazia. Ou cheia, sei lá. Tremenda confusão. 
Sinto saudade, sinto falta de não sei o que. Só sei que completa não estou. E o que será preciso? Aonde você está? Sei que vives ao meu redor, a me cortejar, a me amar.
Mas eu não te vejo, não te sinto. Passo os olhos por você e só. Seu cheiro não fica no ar,na roupa, na língua. 
Seus braços me envolvem mas não me abraçam. Como se seu espaço fosse pequeno e me apertasse, ou muito grande e eu me perdesse. Estou perdida, sei que estou. Não vejo a hora de te encontrar, ou de me encontrar. Aonde quer que seja.

- Juli Mello


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sonhando acordada...


Quando eu era criança acreditava que todos deveriam ter algum sonho e que felicidade era poder  realizá-lo. Como se fosse uma obrigação.Tal obrigação hoje me faz pensar que entre tantos sonhos eu me perdi. Me perdi na ansiedade de realização. Me perdi em meio a frustrações. E a cada dia novos sonhos apareciam e mudavam tanto quanto a cor dos meus cabelos quando eu tinha 15 anos...E porque tantas mudanças? Hoje sei a resposta: eu simplesmente desistia no primeiro sinal de derrota. E assim, logo em seguida partia para outro sonho. E outro, e outro...Hoje eu aprendi que não devo desistir tão fácil, que as vezes o que uma vontade precisa é de um pouco mais de perseverança e fé. Não deixo de sonhar, acho que talvez sonhe muito mais de que quando eu era criança. Só aprendi a selecioná-los, e se hoje me perguntarem qual é o meu sonho eu responderia que não sei, desisti mais uma vez. Dessa vez a desistência não foi de um sonho. Mas de uma idéia. A idéia de que somos obrigados a ter algo que realizar no futuro. Não, não tenho nada com o futuro. Tenho com  o presente. Porque é hoje o dia de me realizar, de ser feliz de qualquer forma. Só assim meu futuro será feliz também. E quando ele chegar será realidade e não apenas mais um sonho.

- Juli Mello



Construa sua bolha




Uma idéia que eu sempre defendi é que não devemos falar alto sobre a felicidade pois a inveja tem sono leve. Com todas as experiências que tive relacionada a isso percebi que não é só a inveja que estraga a felicidade e também não é só sobre felicidade que devemos aprender a nos calar. Tudo isso se resume em uma palavra: energia. Tudo que desejamos o universo conspira a favor. Se você tem fé, no que quer que seja, sua fé irá te levar para a realização. Nossos chacras trabalham a energia do nosso desejo pra que ele seja realizado e se falarmos desse desejo para os quatro ventos, qual energia seu corpo trabalhará? Ela simplesmente terá ido embora, junto com o vento. Pensando bem, porque devemos falar demais sobre a nossa felicidade? Não há necessidade, isso só atrairá olhares invejosos de pessoas que não tiveram a mesma sorte. Se alguém duvidar de você, ria, apenas ria. Porque nós sabemos mais do que qualquer um sobre o que realmente se passa em nossa vida. Não há necessidade alguma de ter que provar isso ou aquilo pra ninguém. Se você transmite alegria onde estiver e se alguém duvidar disso não esquente. Isso não passa de uma tentativa de destruir a sua felicidade. Falar demais é dar brecha para a inveja. Deixe seu brilho guardado numa espécie de bolha, onde energia ruim não entra, onde vento nenhum levará sua felicidade embora.

- Juli Mello



Texto antigo, de dores antigas.


Um vício, uma forte dependência
é assim, você na minha vida
quando está perto tudo é maravilhoso 
e na sua ausência me resumo a um vazio
Vazio é o meu dia sem você
sem o seu cheiro, sem sua voz
Busco uma saída mas não consigo
ou não quero, não sei
Não sei ser feliz de verdade
no meu pensamento só o seu rosto habita
lembranças, saudade e ansiedade
Ansiedade na espera do telefone tocar
E se ele tocar que seja você 
me chamando pra fazer qualquer coisa
qualquer coisa desde que seja com você
eu largo tudo, vou correndo
Esqueço o orgulho, não penso em nada
porque o que mais quero é estar aí 
Ai seu lado, por baixo, por cima
em qualquer lugar onde haja o seu sorriso
Sorriso que traz luz e alegria pro meu dia
dia esse sem graça e sem cor
sem o seu amor
E se hoje eu não te ver
que esse dia passe rápido
para o amanhã chegar
esperando mais um dia
você me ligar.

- Juli Mello

*escrito em 2010


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Magia dos olhares


Acredito que relacionamentos precisam de um toque de mágica, não falo daqueles truques de desaparecimentos inexplicados ou de desculpas mirabolantes, mas falo sim da magia, do brilho, daquele toque de purpurina. São esses piripimpins que acrescentam um algo a mais no decorrer dos dias a dois.
Amor precisa de brilho no olhar, de brigas sem motivos e ciúmes bem dosados, pois senão perde a graça. E cá entre nós, precisamos da graça de uma conversa séria e da seriedade de um riso espontâneo.Senão, como serão nossos dias? Do que eles serão feitos? A vida, que seja só, que seja acompanhada, precisa de conteúdo, de preenchimento. Caminhar por caminhar só vai cansar os pés e esfriar o coração, e um certo dia eu li, que amar era olhar juntos pro mesmo horizonte. Mas de que adianta se os dois não enxergam a mesma coisa? Momentos de discórdia podem apimentar uma relação, mas a falta total de afinidade e o distanciamento de percepções podem sim levar ao fim. Não é preciso ser igual, mas sentir as coisas de forma parecida é que unem duas pessoas. E meus caros, se esses olhares não se juntarem, certamente não terá fim, eles simplesmente nunca terão existido.

- Juli Mello



sexta-feira, 30 de março de 2012

Frio na alma


Frio na alma, rosto molhado. 
Pedaço mutilado, saudade sem fim.
Lembranças que insitem em viver aqui, nessa alma que as vezes chora, as vezes sorri.
E mesmo sabendo que planos divinos não erram, talvez o destino distraído, errou e se fez o reencontro.
Está cinza lá fora, e aqui dentro também. Tempestades passam, arco íris vem e voltam.
Talvez amanhã ele volte, talvez nunca mais.
Vou esperar, quem sabe o destino se lembre de mim,
ou me esqueço de você.

Juli Mello




sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Seguindo...


De volta às palavras, de volta à vida. Vida essa que é feita de escolhas, desapegos, decepções e felicidades. Vida feita de atitudes, de sacudir a poeira. De seguir em frente. Porque de tanto olhar pra trás você pode tropeçar. Seguir é preciso, com o coração ralado e a alma lavada. Buscando, procurando ou apenas esperando. Pois felicidade pode ser difícil de se encontrar, mas ela pode estar na próxima esquina. E encontrá-la só depende de nós, uma boa dose de vontade e de fé. 

Juli Mello